vendredi, avril 28, 2006

Diversité culturelle
Second article de notre série des nouvelles d'ici et d'ailleurs visant à diffuser les langues vivantes dans un esprit de tolérance et de diversité culturelle. Quelques articles du Jornal de Noticias, seront ponctuellement cités en version originale, c'est à dire en portugais. La mondialisation nous demande une adaptation aux changements, elle ne nous demande pas de mésestimer les richesses culturelles de nos composantes.
La voix

Língua Portuguesa excluída
Alexandra Lobão,
Correspondente em Bruxelas
"O Parlamento Europeu aprovou ontem, com os votos contra dos deputados portugueses, uma iniciativa da Comissão Europeia que visa a criação de um Indicador europeu de Competência Linguística que exclui a língua portuguesa.Este novo instrumento destina-se a avaliar as aptidões linguísticas dos estudantes europeus apenas nas cinco línguas mais ensinadas na União - inglês, francês, alemão, castelhano e italiano. De fora, fica o português, sexta língua mundial e terceira língua europeia mais falada.O conceito que está na base do Indicador de Competência Linguística aposta em assegurar que cada cidadão a trabalhar ou a estudar na Europa domine, no futuro, pelo menos dois idiomas estrangeiros. Inicialmente, a ideia não partiu da Comissão mas sim do Conselho Europeu de Barcelona, de Março de 2002, no qual ficou assente que a aprendizagem das línguas deveria ser encorajada e utilizada para promover a mobilidade.Perante a resistência dos portugueses, o relator do PE para a questão do multilinguismo, Manolis Mavromatis, procurou dar garantias de que, após esta fase inicial, será possível alarga o leque de línguas abrangidas. E insistiu em que as línguas minoritárias serão objecto de um outro relatório sobre como assegurar o multilinguismo.De acordo com recentes sondagens sobre o conhecimento de línguas estrangeiras, 38% dos europeus falam inglês, 14% alemão, outros 14 % falam francês, 6% castelhano e 3% italiano.Após a votação, dois parlamentares portugueses explicaram formalmente os seus votos "contra". Luís Queiró, do CDS-PP, considerou inaceitável que a UE privilegie certas línguas em detrimento de outras, particularmente, o português, falado por 200 milhões de pessoas. E considera "preocupante" que o futuro Indicador revele "uma Europa mais virada para si mesmo e menos para o mundo". A comunista Ilda Figueiredo alertou para o risco de se criar "um directório que selecciona as línguas a utilizar".